sábado, 13 de novembro de 2010

Educação no séc. XXI

Aos pais e professores:
Encontrei este texto numa das minhas pesquisas e não consegui ficar indiferente. Deixo-o aqui para quem entende o ensino tal como eu, uma constante evolução muitas vezes não acompanhada pelo educador.
Costumo dizer que não se fazem omeletas sem ovos e o facto de eu não ter internet na minha sala é um ponto negativo para poder dar a conhecer aos meus aluno o Mundo lá fora. As nossas escolas precisam de evoluir, de acompanhar o progresso, mas infelizmente neste país à beira mar plantado tudo é mais importante que a formação dos novos cidadãos, aqueles que vão ser o nosso futuro.
Aos pais, deixo o incentivo de darem o máximo de cultura que poderem aos vossos filhos, só assim eles vão crescer com vontade de levar este país longe, são eles os próximos governantes, são eles as sementes do futuro.
Eu li e concordo, você leia e deixe o seu comentário.
“Nossos alunos passam 12 anos de suas vidas enfurnados entre quatro paredes sem conseguir descobrir o mundo cultural, criativo e rico que os cerca. São 200 dias X 12 anos X 5 horas! A escola, preocupada com uma grade curricular fechada, limitada e nada criativa, expõe essa garotada a teorias e conteúdos pouco ou nada vivenciados por eles. Como queremos que se interessem por nossas disciplinas se o que lhes ensinamos é desconexo das necessidades que eles vivem? Por mais que, nos últimos 10 anos principalmente, o modo de ensinar alguns conteúdos tenha mudado, ainda estamos muito longe do desejável, mesmo em colégios renomados onde ainda encontramos professores que valorizam sua fama com avaliações assustadoras, para manter o temor.
Penso que o acesso à cultura, para alunos e professores, é fundamental! De que adianta ensinar, por exemplo, retas, planos, figuras geométricas, simetria em Matemática e Desenho Geométrico; ou ainda, movimentos rectilíneos e uniformes em Física, se o aluno não tem a oportunidade de entender a beleza disso tudo e o que se pode construir na prática com a sensibilidade e o conhecimento humanos, porque não tem acesso a, por exemplo, isto:
De que adianta ensinar funções sintácticas, classes gramaticais, classificação de orações, se ele não consegue fazer o link entre esse conhecimento e sua proficiência na leitura de um texto?
Sabem aquela história de que se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé? Pois bem, começo a perceber que uma das grandes possibilidades e riquezas da entrada da internet de qualidade e com equipamentos adequados na sala de aula é a possibilidade de dar acesso amplo e livre à cultura. Na pesquisa de Mestrado que estou fazendo, encontrei um número muito maior de professores de Língua Portuguesa e Literatura que são usuários da Web com seus alunos. Vendo isso, comecei a reflectir sobre o sentido de Web - que usamos muitas vezes como um simples sinónimo de internet. Na verdade, Web não é tecnologia, e sim mídia. Isso justifica o fato de se ter uma presença forte de pessoas ligadas às mídias de comunicação, das áreas de Língua e Literatura. E é por aí que eu enxergo as possibilidades de mudança na Educação.
 A Escola precisa investir no acesso à Literatura, ao Teatro, ao Cinema, às Obras de Arte, à Música, para formar cidadãos. E não é mandar o aluno ler e aplicar uma prova ou apenas passar um filme para ilustrar um conteúdo. A sensibilidade só se desenvolve através de comparações, de discussões. O que é belo e o que não é? Para que cada um desenvolva a capacidade de opinar e distinguir, por exemplo, facto de opinião, é preciso promover oportunidades de discussão e de inferenciação. Sem isso, continuaremos formando leitores e redactores ignorantes, porque não sabem o real significado do que lêem nem do que escrevem...
A internet, hoje, pode promover o acesso imediato de que precisamos. Através dela, se motivados e ensinados, nossos alunos poderão ter acesso a muito conteúdo de qualidade - e os professores também! A internet é a montanha, ou melhor, o mundo que pode vir ao nosso encontro, adentrar e enriquecer a sala de aula, se bem usada, claro."
Tati Martins

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei muito do artigo.